Bloqueio Neuromuscular

A Toxina Botulínica é produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, responsável pela paralisia muscular associada à intoxicação alimentar – o botulismo. Quando injetada em pequenas doses bloqueia a liberação de substâncias inflamatórias nas células nervosas que provocam contração muscular e dor.
Indicações de Toxina Botulínica em Neurologia:
• Paralisia cerebral • Espasticidade • Blefaroespasmo • Espasmo hemifacial • Distonia • Torcicolo espasmódico • Enxaqueca crônica • Sialorréia • Bruxismo • Neuralgia pós-Herpes
Toxína Botulínica: O que é?
A Toxina Botulínica é produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, responsável pela paralisia muscular associada à intoxicação alimentar – o botulismo. Quando injetada em pequenas doses bloqueia a liberação de substâncias inflamatórias nas células nervosas que provocam contração muscular e dor.
Toxina Botulínica em dores de cabeça – Enxaqueca Crônica
O tratamento com Toxina Botulínica para a profilaxia (prevenção) de dores de cabeça em adultos com enxaqueca crônica (caracterizada por pacientes que têm histórico de enxaqueca e dores de cabeça em 15 ou mais dias no mês) é considerado um tratamento de primeira linha de escolha. A aplicação para enxaqueca atinge pontos na região frontal, temporal, parieto-occipital e do trapézio. O tratamento consiste em administração de Toxina Botulínica com efeito de duração que pode variar de 3 a 6 meses.
Toxina Botulínica para AVC do tipo Isquêmico ou Hemorrágico
Poucas pessoas sabem que essa substância é usada em pacientes com doenças neurológicas como paralisia cerebral, trauma medular, paraplegia, entre outros. A Toxina Botulínica tem sido usada com eficácia para tratar a espasticidade – rigidez muscular que provoca dificuldade no movimento, principalmente nos braços e pernas, e afeta a mobilidade da maioria das vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O AVC hemorrágico, tido como a forma mais fatal da doença, pode levar mais de 50% dos pacientes à morte em até 30 dias. Entre os sobreviventes, metade fica com sequelas motoras e cognitivas graves, o que os torna dependentes de terceiros nas atividades diárias. Após sofrer um derrame, pode ocorrer – além de fraqueza em algum membro – a instalação de uma rigidez involuntária, a já citada espasticidade. E é justamente para aliviar esse sintoma que a Toxina Botulínica é utilizada. Em dose apropriada e aplicação local pode ajudar a relaxar a musculatura, favorecendo a fisioterapia e facilitando a reabilitação.
Toxina Botulínica para distúrbios do movimento
Distonias são movimentos involuntários normalmente associados à co-contração de músculos agonistas e antagonistas. Isso leva a posturas anormais de um ou mais segmentos do corpo. Por exemplo, na distonia cervical (“torcicolo espasmódico”), o indivíduo tem um desvio do pescoço para um dos lados associado à contratura muscular mantida, e constitui-se muitas vezes em uma condição dolorosa. Existem também distonias dos membros, como um dos braços, pernas, as distonias que envolvem uma das mãos (a chamada cãibra do escrivão) ou ainda aquelas que envolvem a musculatura em torno dos olhos, a distonia ocular (blefaroespasmo). O espasmo hemifacial, por sua vez, caracteriza-se por contrações musculares involuntárias de uma metade do rosto (hemi-face) em um território muscular onde está inervado o nervo facial. Tanto o tratamento das distonias focais como o espasmo hemifacial têm na Toxina Botulínica, uma alternativa para alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida dos pacientes.